sexta-feira, 26 de julho de 2013

Bernard escreve o nome na história do Galo


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A torcida do Galo pode se preparar. É quase certo. Bernard não deverá mais vestir a camisa do Atlético-MG. O jogador não confirma, mas deverá se transferir para o futebol da Europa. Vários clubes estariam interessados, mas a probabilidade é que o Arsenal, da Inglaterra, seja o destino da maior revelação do Galo nos últimos tempos. E a despedida do meia-atacante foi especial. No Mineirão lotado, diante do Olimpia, do Paraguai, ele viveu emoções do início ao fim. Na base da superação, o Galo conquistou, nos pênaltis a primeira Taça Libertadores da história.

Bernard Atlético-MG final Olimpia Libertadores (Foto: AP)

Bernard não esteve presente no primeiro confronto, no Defensores del Chaco, já que estava suspenso por cartões amarelos (veja o vídeo abaixo). Na grande final, no Mineirão, teve participação decisiva ao dar assistência num cruzamento na medida para o segundo gol, o de Leonardo Silva. Ainda se desentendeu com Benítez, levou cartão amarelo, sentiu câimbras nas duas pernas, deixou o campo no limite. Jogou no limite. E viu o título chegar na decisão por pênaltis, ajoelhado no meio do gramado. O choro do jovem de 21 anos, ao fim do jogo, era de alegria. Afinal, teve condições de ajudar o clube no principal momento da história do Galo.

A história de Bernard no Atlético-MG, no entanto, começou em 2011, quando subiu dos juniores e foi um dos destaques da campanha que afastou o risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Com a camisa alvinegra, conquistou dois títulos mineiros, um deles invicto. E ainda ajudou a pôr o Galo na disputa de uma Libertadores, após 12 anos afastado da competição internacional.

Bernard dificilmente ficará no clube. A diretoria alvinegra já anunciou que quer, no mínimo, 24 milhões de euros (quase R$ 71 milhões) pela transferência. A imprensa europeia afirma que o jogador fará exames no Arsenal, já na próxima sexta-feira. Porém, Bernard não admitiu a saída, nem o clube. Ao que tudo indica, o martelo deverá ser batido nos próximos dias.

Após a partida, o jogador manteve o discurso, mesmo com a despedida de Alecsandro, que "entregou" que o jogador sairá do clube mineiro.

- Não sei de nada. Deus é quem vai decidir se vou sair ou se vou ficar. Deus, o presidente Alexandre Kalil e meus empresários. É um momento especial na minha vida. Quero aproveitar muito - afirmou Bernard.

No último jogo, o mais importante

Caçado desde o primeiro minuto, Bernard sofreu com a marcação pelo lado esquerdo, setor onde começou a partida. Fez dois cruzamentos, mas, no primeiro, a bola passou por toda a área, sem encontrar nenhum atacante. No segundo, as mãos do goleiro Martín Silva foram o destino.

Logo aos 10 minutos, houve a inversão de posição com o atacante Diego Tardelli. Pelo lado direito, Bernard foi protagonista da melhor jogada nos primeiros 45 minutos. Ao receber de primeira, tocou de calcanhar, entre as pernas de Candia, para Michel cruzar na cabeça de Tardelli, que errou o alvo.

Aos 28, o susto. Em um choque violento com o volante Aranda, levou a pior. O ombro do paraguaio pegou na barriga do atacante, que caiu no gramado, com muitas dores. Os jogadores do Atlético-MG e o árbitro pediram imediatamente a entrada dos médicos, que o atenderam. Poucos minutos depois, já estava de pé, à beira do gramado, para alívio da torcida.

Mas era no segundo tempo que estavam reservadas as emoções. E Bernard faria parte delas. Foi ele quem deu o passe para o segundo gol. E não foi qualquer passe, mas um cruzamento açucarado, na cabeça de Leonardo Silva, que encontrou as redes do Olimpia e explodiu o Mineirão de esperança. Era o gol que levaria a decisão para a prorrogação.

Bernard lesão Atlético-MG final Olimpia Libertadores (Foto: EFE)

No tempo extra, Bernard desabou, aos 2 minutos do segundo tempo. Eram câimbras pelo esforço e pela entrega durante a decisão. Pediu para sair, mas não podia, já que o técnico Cuca havia feito as três alterações. Massageado por Belmiro, o choro era incontrolável. Voltou a campo para fazer número. Mancando, ainda deu bons passes.

Quando Giménez mandou na trave o último pênalti, o 'Chiquito Fenômeno', apelido dado pela imprensa argentina quando marcou três gols diante do Arsenal de Sarandí, escreveu para sempre o nome na história do Clube Atlético Mineiro.

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