sexta-feira, 26 de julho de 2013

Guiado pela torcida nos pênaltis, Junior Cesar supera trauma de 2008


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Junior Cesar Atlético-MG Campeão Libertadores (Foto: Arquivo Pessoal)

O grito de 58 mil pessoas no Mineirão ajudou Junior Cesar a saber que era, finalmente, campeão da Taça Libertadores. O lateral-esquerdo se recusou a ver as cobranças de pênaltis do Atlético-MG na final da última quarta-feira contra o Olimpia. Um trauma que carregou por cinco anos, desde a final de 2008, quando, em situação muito semelhante, viu seu Fluminense ser derrotado pela LDU no Maracanã.

Assim como agora, os cariocas tiraram uma desvantagem de dois gols de diferença, empataram na prorrogação e levaram a decisão para os pênaltis. Mas perderam. Campeão com o Galo e titular na final graças à suspensão de Richarlyson, expulso no primeiro jogo, ele só quer guardar as boas lembranças da competição.

- Claro que passou aquele filme na cabeça, foi semelhante. A gente sabe que nos pênaltis é preciso ter competência, mas também um pouquinho de sorte. Eu só via as cobranças deles. Nas nossas eu orava para que tudo desse certo - contou Junior Cesar, que é evangélico.

Apesar do nervosismo no momento de decidir a conquista, o lateral jura que estava plenamente confiante em seus companheiros, e no histórico de sofrimento do Atlético durante a Libertadores.

As classificações contra Tijuana, com um pênalti defendido por Victor no último lance do jogo, e Newell's Old Boys, também na disputa de penalidades, deram a Junior Cesar a certeza de que seria possível tirar a vantagem construída pelo Olimpia na vitória por 2 a 0.

 Victor, aliás, foi a principal razão de confiança do jogador (veja vídeo ao lado). Herói nas fases anteriores, ele conquistou não apenas a torcida, mas também todos os companheiros. Quando o árbitro Wilmar Roldán encerrou a prorrogação, Junior abraçou o goleiro, e fez uma previsão:

- Falei para ele: "Vitão, nosso time está tranquilo porque sabe que pelo menos um você vai pegar". Ele é um espetáculo de pessoa, de goleiro.

Junior Cesar não quer parar. Vê a Copa do Brasil, que o clube já começa a disputar nas oitavas de final, como uma grande chance de conquistar outro título no ano, e também não descarta o Campeonato Brasileiro, embora reconheça a dificuldade. O Galo está oito pontos atrás do líder, o Internacional, mas tem dois jogos a menos.

Ao mesmo tempo, o Mundial de Clubes passou a ser realidade. Depois de bater na trave em 2008 e 2010, quando foi eliminado com o São Paulo pelo Internacional, na semifinal, o lateral finalmente vai conseguir disputar a competição. Dessa vez, no Marrocos.

- Estive próximo, mas por algumas infelicidades não consegui. Agora é realidade graças a esse título maravilhoso. Foi um passo importantíssimo, mas não queremos parar por aqui - completou o jogador.


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