sexta-feira, 26 de julho de 2013

Torcida faz fila para visitar troféu da Libertadores na sede do Atlético-MG


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Taça da Libertadores exposta na sede do Atlético-MG (Foto: Maurício Paulucci / Globoesporte.com)

Algum desavisado que passou por Belo Horizonte nesta quinta-feira pode ter até confundido as datas. A cidade estava com cara de réveillon. Fogos de artifício para todos os lados. Pessoas pagando promessas. E abraços distribuídos por e para qualquer estranho. São as consequências do título do Atlético-MG da Taça Libertadores da América. Nesse clima, os atletianos puderam ver o troféu de perto.

A tão cobiçada taça da Libertadores saiu da casa do presidente Kalil e foi direto para o palco que, durante toda a competição continental, foi o cenário das filas dos atleticanos para a compra dos ingressos. A espera acabou. A aflição também. Os torcedores alvinegros fizeram fila em frente à sala de troféus do Galo e, aos poucos, foram entrando para registrar o momento histórico.

A estudante Carla Dias, de 23 anos, descreveu a emoção de estar perto do troféu da competição continental.

- A sensação é surreal. É como estar ao lado de um objeto sagrado, que foi conquistado com muito suor e dedicação. Como os atleticanos também ajudaram, é mais do que merecido essa visita. Esse troféu é da massa também.

Eustáquio da Gaita é atração na visita dos torcedores à taça (Foto: Maurício Paulucci / Globoesporte.com)

Enquanto Carla fotografava com a taça, um som comum foi ouvido na sede do Atlético-MG. Tocado e ecoado inúmeras vezes nas últimas horas, o hino do Galo ganhou uma versão diferente, na gaita. Emocionado e empolgado, Eustáquio da Gaita teve fôlego de sobra para fazer a trilha sonora da visitação dos atleticanos à taça. Mascarado e com uma miniatura do Galo na mão, ele explicou que a ideia da fantasia surgiu depois da conquista.

- Isso aqui eu coloco para ficar diferente. É uma fantasia minha. Ela é nova, coloquei hoje. A gaita eu já toco há muitos anos, torcedor mais antigo já me conhece. Sou da década de 70, 80.

Vislumbrando, agora, o título mundial, Eustáquio acredita que o Atlético-MG é capaz de chegar à final do Mundial Interclubes, no Marrocos, e vencer o campeão europeu, Bayern de Munique. Para isso, o torcedor faz uma cobrança ao presidente do Galo. 

- O Kalil tem que trazer um reforçozinho aí. Porque o Bayern é bem mais forte. Os alemães não aguentam dribles curtos igual o Bernard dá. Se arrumar um jogador para fazer isso, passa por baixo das pernas do Bayern.

O pequeno Bruno mostra as 'tatuagens' no braço, que fez como promessa para o título do Galo (Foto: Maurício Paulucci / Globoesporte.com)

Bruno Gomes, de 7 anos, foi visitar o troféu com o braço todo tatuado. Ele revelou que sofreu com a final e chegou até a chorar. Porém, explicou que fez as tatuagens de brincadeira, como promessa para receber o título da Libertadores em troca. 

- Muita adrenalina e eu chorei. Porque o Galo quase perdeu. Eu fiz essas tatuagens para o Galo ganhar.

Réveilon fora de época

Uma loja de fogos de artifício, na região central de Belo Horizonte, estava lotada de atleticanos. Os estoques de rojões, foguetes e sinalizadores estavam quase no fim. Marcelo de Paula, dono do estabelecimento, disse que as vendas aumentaram cerca de cinco vezes em relação ao restante do ano. Ele comparou o momento do futebol do Galo, com a virada do ano.

- Uma loucura. Não tem nem base o tanto que as vendas aumentaram com o título do Galo. Toda hora o estoque acaba e vem um caminhão e descarrega mais fogos. Está igual ao réveillon. Esses atleticanos são muito fanáticos.

Atleticanos exibem dezenas de fogos de artifício que compraram (Foto: Maurício Paulucci / Globoesporte.com)

Se a cidade mais parecia viver época de réveillon, o médico Carlos Renato, de 36 anos, também comparou o título do Galo a outra data comemorativa.

- Foi um Natal na verdade. Quer presente melhor do que a Libertadores? Um Natal fantástico. Festa pura em Belo Horizonte, agora é viajar para o Marrocos. Agora é comemorar bastante e tentar o título Mundial.

Carlos revelou que onde trabalha, os atleticanos tomaram conta. Ele disse que todos foram uniformizados, com roupas personalizadas do Galo.

- A cidade parou. Eu trabalho em um bloco cirúrgico e todos entraram no bloco com gorro, jaleco, bandeira, tudo caracterizado do Galo. Foi muito bacana.


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