quarta-feira, 30 de julho de 2014

As opções de Levir Culpi para substituir R10 no Galo


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A saída de Ronaldinho Gaúcho do Atlético-MG foi confirmada de forma oficial somente nessa segunda-feira e terá seu último ato nesta quarta, quando o jogador vai à Cidade do Galo conceder uma entrevista de despedida. Porém, a saída do meia do Galo começou antes, de forma dosada, já que vinha passando mais tempo fora dos gramados do que em campo em 2014.

Isso ficou mais evidente com a chegada do técnico Levir Culpi, substituto de Paulo Autuori após a derrota para o Atlético-COL, no primeiro jogo das oitavas de final. Talvez com o aval da direção do clube, o treinador tenha aberto a porta para R10 sair. Em 16 jogos sob o seu comando, o meia participou apenas de sete, sendo substituído em seis, mostrando-se claramente incomodado a cada saída. Ronaldinho só jogou 90 minutos na eliminação do Galo da Libertadores deste ano, no empate por 1 a 1 com o Nacional-COL, no Independência.
 
Ou seja, na maioria dos jogos, Levir já vinha trabalhando sem o meia, situação definitiva daqui para frente. Como recentemente a diretoria do clube descartou contratações, as opções estão dentro do próprio elenco, e o treinador já usou algumas variações sem R10, tanto táticas quanto relacionadas ao jogador que entrou. Guilherme, Dátolo e Luan brigam pela vaga.

 Os mais usados

Com relação ao esquema, o mais adotado nestes nove jogos sem R10 à frente do Galo foi o 4-3-3. Levir usou o sistema em seis oportunidades, sendo que Dátolo começou jogando quatro vezes. Foram triunfos sobre Vitória e Fluminense, empate frente ao Criciúma e derrota para o São Paulo. Contra o Goiás, no Horto, o titular foi Guilherme, e o time perdeu por 1 a 0, enquanto no triunfo sobre o Santos o time atuou sem meia de ligação, com três volantes no meio-campo.

Mas se começou mais vezes como titular nos jogos sem R10, Dátolo não foi o preferido para entrar quando a bola já estava rolando. Das seis vezes em que Ronaldinho foi sacado, Guilherme foi utilizado em cinco, enquanto Luan entrou na outra vez, justamente no jogo de despedida diante do Lanús, pela Recopa Sul-Americana. Nessa partida, R10 já deus sinais de que estava se despedindo.

Último a se juntar a esse grupo, Maicosuel dá sua opinião, porém descarta que ele mesmo possa ser uma das opções para o setor.

guilherme  atletico-mg  (Foto: Bruno Cantini/Flickr Atlético-MG)


 - Acho que é característica mais do Guilherme, inteligência de meter uma bola e deixar o companheiro na cara do gol. Por isso, acho que o Guilherme pode assumir, mas o Tardelli também, já que tem um bom passe. Eu não tenho muito essa característica, mas há muita gente no elenco que pode fazer.  

Menos usados

Levir também utilizou outros esquemas. Numa única ocasião o 3-5-2 foi adotado, na vitória sobre o Cruzeiro, por 2 a 1. Porém, o triunfo de virada só surgiu após algumas alterações do treinador, como a saída de Edcarlos para a entrada de Marion e de Tardelli, então em má fase, que cedeu a vaga para Carlos.
 
Nos outros dois jogos, justamente os últimos da equipe sem o camisa 10, Levir optou pelo esquema criado por Cuca, com o meio-campo formado por dois volantes, um meia mais centralizado, no caso Guilherme, com Tardelli aberto numa ponta e Maicosuel na outra. Contra o Bahia, empate em casa, e derrota para o Sport, na Ilha do Retiro.
 
Com esse panorama definitivo, Réver também vê Guilherme com mais possibilidades, mas acredita que a camisa 10 ficará guardada neste primeiro momento.
 
- Acho que no momento vai ficar guardadinha, mas espero que o quanto antes a gente tenha um novo camisa 10 para brigar aí com o Guilherme.

Levir Culpi, Diego Tardelli e Dátolo, no treino do Atlético-MG (Foto: bruno Cantini/Atlético-MG)

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