A venda do atacante Bernard pelo Atlético-MG ao Shakhtar Donetsk-UCR completou um ano nessa sexta-feira. Porém, em decorrência de dívidas do Galo com a Fazenda Nacional, grande parte dos R$ 77 milhões arrecadados no negócio não chegou às contas do clube. Enquanto a diretoria alvinegra discute o parcelamento do débito em Brasília para a liberação de cerca de R$ 36 milhões, que ainda se encontram bloqueados, o elenco do Atlético-MG contabiliza dois meses de salários atrasados.
O diretor de futebol, Eduardo Maluf, admitiu a pendência financeira. O dirigente revelou que na próxima segunda-feira haverá o pagamento dos vencimentos referentes ao mês de junho, ficando apenas o mês de julho a ser acertado em agosto. Metade do prêmio pela conquista da Libertadores 2013 ainda não foi quitada.
O atraso nos salários e no prêmio incomoda a maioria dos jogadores. Um atleta, que pediu para manter o nome em sigilo, disse que os jogadores sugeriram que a diretoria transfira o mando de campo do primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil para o Mineirão. Dessa forma, o clube poderia aumentar os valores arrecadados com a venda de ingressos nas bilheterias e assim quitar as dívidas com o elenco. O grupo ainda não recebeu resposta sobre a solicitação.
Perguntado em entrevista coletiva se a situação financeira do time incomodava, o atacante Jô preferiu deixar a situação para ser solucionada pelos dirigentes.
- Esse assunto é da diretoria. Jogador tem que fazer o seu trabalho. Acho que todo o clube, até o trabalhador, se tiver o salário atrasado, tem que trabalhar da mesma forma e deixar essa parte de salário para diretoria resolver.
Além dos salários, o clube fez pouco investimento na contratação de reforços no meio da temporada. O volante Fernando, do Shakhtar Donetsk-UCR, não foi liberado pelo clube ucraniano por conta da negativa do Atlético-MG em pagar pelo empréstimo do jogador. Rafael Carioca, do Spartak-RUS, chega ao clube por um ano sem custo pelo empréstimo.
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