O Atlético-MG vendeu o jovem Bernard por cerca de 25 milhões de euros para o Shakthar Donetsk, da Ucrânia, valor que à época beirava os R$ 77 milhões. Porém, como o clube estava em débito com a Fazenda, foram bloqueados, inicialmente, cerca de R$ 40 milhões desse valor total, em três processos distintos, e posteriormente, R$ 14 milhões num quarto processo, o que elevou o montante do bloqueio para cerca de R$ 54 milhões.
Mas, conforme explicou o advogado que cuida do caso contratado pelo clube, João Manoel Rolla, desses quatro processos, três estão com um mesmo desembargador, enquanto o outro, cujo valor do bloqueio é de aproximadamente R$ 27,4 milhões, foi apreciado e obteve parecer provisório favorável ao clube.
- Há um entendimento na Justiça de que não se pode bloquear a fonte de faturamento de uma empresa, no caso o clube, que o dificulte a cumprir com suas obrigações. Por isso, existe o entendimento que nestes casos deve-se reter 10% do montante total da transação, no caso da venda de Bernard, cerca de R$ 7 milhões (na verdade, R$ 7,7 milhões), explicou João Manoel.
Porém, João faz questão de esclarecer que o caso ainda não está definido, já que os outros três processos não foram analisados e se referem ao mesmo caso. Portanto, nenhum valor já está nas mãos do clube. Mas, conforme explicou, a tendência é de que após as análises de todos os processos, esses R$ 7,7 milhões sejam divididos proporcionalmente entre os quatro processos. João ainda lembra que a intenção é de que nenhum centavo da venda do jogador fique retido.
- Os outros três processos ainda dependem da apreciação do desembargador, mas como já houve um parecer provisório limitando o recolhimento há 10% do valor total da venda, a tendência é que isto seja repetido nos outros três casos. Porém, nosso objetivo é de que nem estes 10% fiquem retidos e o clube possa ficar com o valor total da venda do atleta.
Com caráter tão importante, a notícia foi repassada durante o treinamento desta quarta na Cidade do Galo pessoalmente ao presidente Alexandre Kalil pelo diretor de planejamento do clube, Rodolfo Groppen, que é sócio de João Manoel no escritório de advocacia da capital que cuida do caso.
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